domingo, 30 de outubro de 2011

Atividade 4: a conversar com Lisboa....

Muito embora pareça-nos razoável acreditar que determinamos o percurso da aprendizagem dos nossos alunos, estabelecendo o que devem aprender em cada situação de aprendizagem "orquestrada" por nós, são eles, os aprendizes, os autores de suas aprendizagens. E eles sempre aprendem algo, que pode ou não estar afinado com aquilo que estabelecemos como ponto de chegada, ao final do processo de construção do conhecimento. O uso dos vídeos em sala de aula coloca-nos diante desta dificuldade de conciliação entre o que se pretende ensinar e o que o outro de fato aprende de forma contundente. Se o filme é um romance, com direito a lágrimas e beijos, é perverso que o professor exija que ao final da fita o aluno saiba relacionar a causa da morte do mocinho com o conteúdo que estão a estudar em sala de aula. Então, o que se pretende com a produção de animações é deslocar nossa lógica de educador, das aprendizagens que gostaríamos que nossos alunos empreendessem, para as aprendizagens possíveis. Afinal, o que o aprendiz poderá acessar como conhecimento a partir de cada vídeo produzido? E como educadores poderemos seguir diferentes trajetos de construção de conhecimento, a partir da diversidade de aprendizagens possíveis? Então, nossa interlocução procurará discutir os aspectos que emergem dessas singulares situações de aprendizagem. Para ajudar a pensar estes aspectos, temos um pequeno guião, que pode ser utilizado ou não. A postagem seguinte a esta (Atividade 3) contém a leitura brasileira de um vídeo feito aí em Portugal (O despertar do vulcão), concebido após nosso encontro do início do mês, utilizando o referido guião. Por favor, pedimos que façam a mesma leitura dos dois vídeos do PIBID da UFTM (Segurança no laboratório e Para fazer gelo). 

1) O que é possível aprender com o vídeo: aprendizagens esperadas e aprendizagens incidentais (incidental learning)? 
2) Quanto às concepções alternativas, elas estão presentes (explícitas ou implicitamente)? O vídeo de alguma maneira as reforça? É melhor evitá-las ou tomá-las como ponto de partida para a construção do conhecimento? 
3) Como a música contribui para que o vídeo seja ou não interessante? Poderia ser diferente? 
4) Como melhorar a qualidade técnica do vídeo?
5) Que modificações poderiam ser feitas para que os objetivos pedagógicos possam ser  trabalhados com maior eficiência? 
6) Há emoção no filme pedagógico? De que tipo? O vídeo produzido apresenta estratégias semelhantes às utilizadas em sala de aula ou à dos filmes de entretenimento? 

Atividade 3: vídeo produzido pelos alunos da Universidade de Lisboa-O despertar do vulcão



A partir do guião sugerido na postagem Atividade 4 e depois de vermos o vídeo feito por vocês, aí vão nossas sugestões e impressões:
1) O que é possível aprender com o vídeo: aprendizagens esperadas e aprendizagens incidentais (incidental learning)?
Aprendizagens esperadas: atividade vulcânica não acontece no topo da montanha (o material é expelido de uma abertura lateral), distinção entre gases e lava.
Aprendizagens incidentais: não identifiquei.

2) Quanto ás concepções alternativas, elas estão presentes (explícitas ou implicitamente)? O vídeo de alguma maneira as reforça? É melhor evitá-las ou tomá-las como ponto de partida para a construção do conhecimento?
Aparece indiretamente quando a imagem destaca que a lava não sai pelo cume, mas pela lateral da montanha.

3) Como a música contribui para que o vídeo seja ou não interessante? Poderia ser diferente?
A música está totalmente coerente com a escolha do filme constituir-se como uma produção mais séria. A pergunta é, haveria uma música capaz de “quebrar” a sisudez da produção, trazendo um pouco de humor, mesmo que as imagens fossem mantidas. Há uma música portuguesa que fale de vulcão?

4) Como melhorar a qualidade técnica do vídeo?
Aumentar o número de desenhos entre as fotos. A lava, por exemplo, é possível intuir o que é, mas o primeiro desenho aparece um bloco maciço sobre a montanha, sem termos acesso a toda a sequência de imagens até chegar naquele estágio.


5) Que modificações poderiam ser feitas para que os objetivos pedagógicos possam ser trabalhados com maior eficiência?
Tudo dependeria da discussão que o professor faria depois de ver o vídeo com os alunos (e antes, em uma preparação para o que estaria por vir).

6) Há emoção no filme pedagógico? De que tipo? O vídeo produzido apresenta estratégias semelhantes àquelas utilizadas em sala de aula ou a dos filmes de entretenimento?
Não há emoção. O filme cria um contexto para que o vulcão entre em atividade não havendo nenhuma situação de risco para formas de vida. Sem que o conteúdo fosse comprometido, poderia ser incluído na animação pessoas em fuga, por exemplo. Eu gostaria de saber por que os alunos preferiram este cenário de assepsia emotiva para uma temática tão assustadora? Vocês chegaram a cogitar a possibilidade de ter uma trama em que o contexto humano fosse incluído? E qual seria a diferença na aprendizagem, se fizéssemos um filme com mais emoção e outro mais sisudo? A emoção apenas deflagra e consolida o interesse ou é também um elemento cognitivo? São mais perguntas do que respostas, mas assim mantemos nosso pensamento em atividade. Respondam como quiserem e puderem. Aqui, as mesmas questões nos acompanham.

Para fazer gelo/Pibid Química UFTM


Contem-nos o que vocês percebem deste vídeo!

Segurança no laboratório- Pibid Química UFTM


E neste filme, o que podemos conversar?

domingo, 2 de outubro de 2011

Atividade 1 e 2: Olá, Lisboa!

Então, sabendo que vocês visitariam hoje o blog das Plasticinas, nós chamamos de "massa de modelar", tratei de colocar três produções da turma da química da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro). Pena vocês não terem participado das discussões nascidas ao longo da produção. Vejam os vídeos e façam seus comentários! Que comece a interlocução!

Atividade 1: PIBID Química UFTM II

Atividade 1: PIBID Química UFTM I